Pacheco prevê aprovação da reforma tributária até dezembro, apesar de impasses

Presidente do Senado acredita em acordo para regulamentar novo sistema de impostos ainda em 2024
Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco – Foto: Pedro França/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou no sábado (12), durante uma entrevista coletiva em Roma, onde participou do II Fórum Esfera Internacional, que a regulamentação da reforma tributária deve ser aprovada até dezembro, mesmo com divergências persistentes entre os setores público e privado. 

Apesar dos pontos de desacordo, Pacheco demonstrou otimismo quanto à aprovação da proposta ainda em 2024. “Vamos nos debruçar sobre o tema no decorrer de outubro e ao longo de novembro, e estamos otimistas de termos essa aprovação até o fim do ano, para que possamos virar essa página“, declarou.

Pacheco ressaltou que, após a aprovação da reforma, o foco deverá ser a eficiência do gasto público, com o objetivo de otimizar os recursos e tornar o governo mais enxuto e eficiente. O senador frisou que essa será a próxima missão da política após a reforma tributária, visando atender melhor às necessidades da população.

Sobre os impostos

Pacheco também afirmou que aumentos de impostos só serão considerados em casos excepcionais, como para conter o déficit público. Ele pontuou a importância de uma discussão abrangente e cuidadosa sobre o tema, tanto na Câmara quanto no Senado, para avaliar a real necessidade de aumentar a carga tributária no país.

Precisamos ter muita cautela em relação a esses projetos, e nosso intuito é promover uma ampla discussão para uma grande reflexão, tanto na Câmara quanto no Senado, a fim de discorrermos e entendermos a real necessidade desse aumento de carga tributária nesse momento”, declarou o parlamentar.

A reforma tributária em discussão regulamenta a Emenda Constitucional 132, que aborda impostos sobre o consumo, como o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o Imposto Seletivo. 

O PLP 68/2024, que prevê essas mudanças, está em análise na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Já o PLP 108/2024, que cria o comitê gestor do IBS, ainda aguarda deliberação na Câmara dos Deputados.