“O que é rápido para uns, é devagar para outros”

O melhor que as empresas podem fazer é manter o foco e usar esse tempo sabiamente para se prepararem, escreve Filipe Rezende do Amaral
Pessoas remando
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Foto: Josh Calabrese via Unsplash

Por um lado, essa retirada de urgência pode ser vista como uma oportunidade. Empresas, tributaristas e demais atores da sociedade civil ganham mais tempo para debater pontos sensíveis do PL 68/2024 com os Senadores e a equipe técnica do governo. Isso pode evitar problemas no futuro e garantir que a nova legislação venha mais equilibrada e ajustada à realidade do mercado.

Por outro lado, o relógio continua correndo para as empresas. Sem uma data definida para a aprovação final, o risco de um prazo curto para implementação da reforma aumenta. E, como todos sabemos, adaptar processos internos, sistemas e estratégias em cima da hora pode trazer impactos financeiros e operacionais graves.

Nesse cenário, o melhor que as empresas podem fazer é manter o foco e usar esse tempo sabiamente para se prepararem. Nesse cenário, alguns pontos importantes devem ser considerados:

  • Revisar detalhadamente a legislação e confirmar os entendimentos junto à área tributária.
  • Refinar a análise dos impactos da reforma em todas as áreas da empresa.
  • Engajar outras áreas, como financeiro, jurídico, TI e operações, para que entendam seus papéis nesse processo.
  • Evoluir nas discussões com a área de TI, visto que os impactos nos sistemas serão significativos e exigirão adaptações complexas.

Estamos diante de um momento onde o tempo é tanto aliado quanto inimigo. Cabe a cada empresa decidir como usá-lo para estar preparada quando a nova lei bater à porta.


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Filipe Rezende do Amaral é filho, irmão, marido e pai. É advogado tributarista com mais de 15 anos da experiência na área tributária com passagens por Big4 e multinacionais.