Lula manterá isenção para até 2 salários mínimos no IR em 2025, e não de R$ 5 mil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Ministro Haddad e presidente Lula querem aumentar tributos para diminuir o rombo do governo - Foto: Ricardo Stuckert via Planaltoi
Ministro Haddad e presidente Lula – Foto: Ricardo Stuckert via Planalto

Por Redação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na terça-feira (14), que a isenção do Imposto de Renda (IR) será mantida para quem ganha até dois salários mínimos em 2025. A manutenção foi pedida por Lula, segundo ele.

A medida aguarda votação do Senado e da Câmara do Projeto de Lei que define o Orçamento de 2025. O texto deve ser aprovado só após as eleições das mesas diretoras.

Por conta do atraso da aprovação do Orçamento e do envio da reforma do Imposto de Renda, a tabela do Imposto de Renda permanece a mesma de 2024, por isso o limite de isenção continua em dois salários mínimos (R$ 2.824).

“Existem várias distorções no nosso sistema de Imposto de Renda, e pretendemos corrigir essas distorções, tanto do ponto de vista distributivo quanto da neutralidade fiscal. Não é uma lei só que vai resolver a questão da renda, porque são várias, não é um pacote, mas as medidas vão ser encaminhadas, à medida que forem ficando prontas”, disse o ministro.

Lula promete isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Mas isso dependerá do envio e aprovação do texto da Reforma Tributária sobre a Renda. O governo ainda não apresentou o texto.

Além dessas duas propostas, Lula deve sancionar a regulamentação da reforma tributária amanhã (16). Haddad afirmou que haverão poucos vetos ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados:

“Já encaminhamos tanto para a AGU [Advocacia-Geral da União] quanto para a Casa Civil, as razões de veto dos artigos respectivos, mas isso não passou ainda pelo crivo do presidente. Por isso não posso adiantar [os pontos a serem vetados], mas são coisas bastante laterais e podem trazer problemas técnicos e de aplicação. A essência da reforma está mantida, mas afasta problemas que podem ocorrer a depender da interpretação dos dispositivos”, afirmou.


Com informações da Agência Brasil