Haddad diz que reforma da renda não deve sobrecarregar o empresário

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que a Medida Provisória reforça a gratuidade do uso do Pix e todas as cláusulas de sigilo bancário em torno do método – Foto: João Risi/PR

Por Redação

O ministro da Fazenda Fernando Haddad disse em entrevista à CNN na sexta-feira, 17, que a reforma da renda será constituída por uma fórmula que considerará o que já é pago pela empresa, sem sobrecarregar empresário. Haddad afirmou que a reforma é “inteligente”, pois levará em consideração a carga tributária de maneira equilibrada, sem onerar o empresário.

Haddad citou também que os trabalhadores têm impostos descontados diretamente da folha de salário, algo que não acontece com o empresário:

“Hoje, quem ganha salário não escolhe pagar ou não pagar imposto. Ele é deduzido na fonte. Isso não acontece com o grande investidor. Às vezes, a empresa não paga imposto e ele também não paga. Então, ele não paga nem no CNPJ, nem no CPF”, disse.

A proposta visa garantir que todas as classes e suas respectivas fontes de renda estejam suscetíveis ao pagamento de uma alíquota mínima, considerando os tributos já pagos pelas empresas. O governo identificou que menos de 0,1% da população não pagam impostos nem como pessoa física, nem como jurídica, mas isso causa um impacto bastante significativo por se tratar de grandes investidores.

A metodologia ainda passa por testes visando corrigir inconsistências, e quando for concluída será encaminhada ao Congresso para votação.

Abaixo, outras sinalizações do ministro:

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Dividendos: Haddad indicou que, quando a empresa paga os tributos de forma adequada, os dividendos recebidos pelos indivíduos permanecerão isentos de impostos adicionais.

Implementação: se aprovado em 2025, as novas regras entrarão em vigor em 2026, estabelecendo um imposto mínimo sobre todas as rendas auferidas.