Complexidade: novas regras reduzem cenários fiscais para 22,5 milhões

A estimativa, feita pela inteligência artificial da ROIT é baseada no Projeto de Lei Complementar 68/24, que regulamenta a Emenda Constitucional 132/23.
Empresas podem contar com tecnologia para reduzir tempo gasto com tributação. Foto: Freepik.

Da Redação

A reforma promete alterar profundamente o cenário fiscal do país. Atualmente, as empresas enfrentam cerca de 2,1 bilhões de cenários fiscais diferentes, processados pelo SPED (Sistema Público de Escrituração Digital). 

Com a implementação da reforma, prevista para 2026, o número de cenários deve diminuir significativamente, passando para cerca de 1,6 bilhão, graças à simplificação dos tributos.

A estimativa, feita pela inteligência artificial da ROIT é baseada no Projeto de Lei Complementar 68/24, que regulamenta a Emenda Constitucional 132/23. De acordo com o estudo, mais de 470 milhões de cenários serão eliminados, principalmente pela extinção do PIS e da Cofins, durante o período de transição, até 2033.

No entanto, embora a reforma tenha o objetivo de simplificar o sistema tributário, a aplicação das novas regras criará mais de 22 milhões de cenários fiscais distintos. Esse número poderá variar conforme o texto da reforma seja ajustado durante sua tramitação no Congresso.

A inteligência artificial será fundamental para uma transição eficiente em meio à tantos cenários.

Em menos de 30 dias após a publicação da regulamentação, nossa IA conseguiu interpretar e estruturar mais de 22 milhões de regras, alimentando nossa Calculadora da Reforma Tributária e outras soluções. Realizar isso manualmente seria inviável e levaria décadas”, afirma Lucas Ribeiro, CEO da ROIT.

O governo Lula tem a meta de concluir a regulamentação até o final do ano, assegurando que as novas regras estejam definidas antes da implementação do novo imposto.

Grandes números

A ROIT compilou informações de 837 empresas de todo o país, que juntas faturam R$ 470 bilhões o ano, para entender os impactos da reforma.


Essa reportagem foi publicada com exclusividade na Revista da Reforma Tributária. Acesse a edição completa aqui (é gratuito)