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Carta do CEO: Revolução à espreita

Por Lucas Ribeiro

Queridos leitores, preparem-se, pois 2025 promete ser um espetáculo tributário digno de um palco shakespeariano. No roteiro, temos novos tributos, velhos debates e a eterna saga brasileira de simplificar o complexo… complicando.

O IVA dual, esse nosso “herói” prometido, caminha para a cena principal. Dois tributos, duas administrações e incontáveis alíquotas possíveis. Porque, claro, se dá para complicar, por que facilitar? Enquanto isso, o contribuinte seguirá sua dança eterna entre guias e burocracias, aplaudindo a promessa de que “agora vai”.

Mas não sejamos pessimistas. Entre as linhas do PLP 108 e os debates intermináveis no Congresso, existe, sim, um vislumbre de modernidade. Automatização fiscal, centralização de dados e até mesmo a possibilidade de falar “adeus” à guerra fiscal. Sim, é difícil imaginar o Brasil sem seus embates tributários, mas sonhar ainda não foi tributado (ainda).

O que 2025 nos reserva? Talvez uma transição dolorosa, mas necessária. Esse é o principal ano de preparação, adaptação, mudança de processos, pessoas e tecnologia. Como dizem por aí, toda reforma dói — e a tributária, mais ainda. Quem deixar para 2026 estará atrasado e correndo riscos. 

Resta saber se os resultados justificarão os sacrifícios ou se ficaremos novamente presos no limbo entre o ideal e o possível.

Que venha 2025, com seus impostos mais claros, mais justos… ou pelo menos com novos capítulos para esse romance tributário interminável.

Com ironia, mas também com esperança,

Lucas Ribeiro.
CEO da ROIT e Fundador do Portal da Reforma Tributária

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