Por Douglas Rodrigues, de Brasília
A espina dorsal da reforma está mantida. É o que disse o secretário-extraordinário para a Reforma Tributária, Bernard Appy, à imprensa logo depois que o texto foi aprovado pelo Senado.
O Ministério da Fazenda preferiria que tivesse menos exceções do que foram aprovadas no relatório final (íntegra abaixo). Mas esse foi o custo político para a proposta avançar no Congresso.
Além disso, Appy elogiou o traquejo político do relator, o senador Eduardo Braga (MBD-AM): “É um trabalho que eu queria parabenizar”.
Como mostrou o Portal, Braga acatou mais de 32% das emendas sugeridas pelos colegas para conseguir viabilizar a aprovação do texto. Foram 49 votos a favor contra 19.
O texto trata da unificação dos impostos para a criação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), para compor o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) dual. O novo tributo deve ter uma alíquota de referência na faixa de 28% –a ser confirmada nos próximos anos.
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, disse que provavelmente será apreciado por lá na próxima semana, “sem problema nenhum”.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, deseja que o presidente Lula sancione ainda neste ano a regulamentação, consolidando a maior reforma realizada durante o governo dele.
Entenda tudo:
- Na reta final, relator insere previsão de substituição tributária na reforma
- Exclusivo: Relator acata mais sugestões do PL e do Republicanos
- Saneamento consegue ser equiparado à saúde e ficar na alíquota reduzida de 60%
- Reforma muda receita bruta de motoristas de aplicativo
- Proposta de reforma tributária cria faixa de isenção para aluguéis
- A meta de zerar alíquota para medicamentos oncológicos
Íntegras dos documentos
- Relatório PLP 68, de 2024 – 12.dez.2024 (476 páginas)